Tese de Doutorado
Tese de Doutorado
Nos diversos contextos em que a Empatia pode ser estudada, a sua aplicabilidade no estudo do espaço urbano ainda é pouco explorada. O uso do termo já é recorrente na arquitetura em estudos estéticos desdobrados a partir da Einfühlung, que mesmo tangenciando a existência de uma Empatia Espacial, não faz menção direta ao termo. Abordagem alemã da segunda metade do século XIX Einfühlung é a gênese do conceito Empatia e trata da relação entre o sujeito e o objeto a partir do sentimento despertado por este último. Para os teóricos da Einfühlung as obras de arte podiam ser estudadas através da Empatia devido a um “corante” que surge como uma fusão entre o que se vê e o que se sente. O mesmo raciocínio pode ser aplicado aos espaços urbanos, que também têm seu tom, seu corante que é a ambiência. Diante do exposto e por admitir que os espaços despertam em nós a necessidade de um elo, partimos da premissa que a Empatia é aplicável no estudo do contexto espacial urbano. A Empatia Espacial surge assim como conceito motor deste trabalho, consolidando-se como uma ferramenta conceitual e metodológica voltada para o estudo da fundação de experiências coletivas em espaços públicos. Para tal foi preciso delinear conceitualmente a ferramenta, um processo de idas e vindas onde a fundamentação teórica foi aplicada empiricamente e em seguida estruturada em forma deconceito. Por envolver uma aplicabilidade empírica também foi construída uma abordagem metodológica a partir da qual buscamos alcançar o objetivo de entender o papel da Empatia Espacial na adesão espacial. O estudo empírico, realizado em duas praças públicas no Rio de Janeiro – São Salvador em Laranjeiras e Edmundo Bittencourt em Copacabana – foi pautado na observação participativa e na etnografia. A hipótese levantada é que determinados atributos podem favorecer o engatilhamento de uma Empatia espacial em lugares de uso coletivo e público. Através do estudo, que também possibilitou a exploração das ambiências concluímos que a Empatia Espacial se consagra como um conceito fundante e estruturador da experiência coletiva. E como o meio físico é fundamental para que as diferentes ações sejam tecidas e concatenadas a partir do engendramento espacial, é por meio dela que somos levados a repensar o compromisso projetual do arquiteto.
http://objdig.ufrj.br/21/teses/868134.pdf
Data de defesa: 27/05/2018Person
- Ana Maria Szapiro
- Bárbara Thomaz Lins do Nascimento [author]
- Cristiane Rose de Siqueira Duarte
- Ethel Pinheiro Santana [contributor]
- Fabiola do Valle Zonno
- Gleice Virgínia Azambuja Elali
- Jean-Paul Thibaud
- Robert Moses Pechman
ResearchLine
- Culture, Landscape and Built Environment
Course
- Doctor of Architecture PROARQ