Tese de Doutorado
A crescente compreensão da colonialidade como perpetuação das dinâmicas do colonialismo nas sociedades contemporâneas inspira e motiva tanto a insurgência artística crítica às hierarquias coloniais como a afirmação de narrativas historicamente marginalizadas. Nesse sentido, o espaço expositivo contemporâneo, através do agenciamento das/os artistas, pode se tornar um dispositivo de transformação ao constituir rupturas que desestabilizam os cânones hegemônicos e apresentar alternativas para novas formas de existência. Nesta Tese busquei identificar as estratégias e táticas implementadas por artistas contemporâneas/os, tanto hegemônicas/os, quanto não hegemônicas/os, na potencialização do espaço expositivo como lugar de afirmação de poder enunciador, analisando como essas práticas desafiam hierarquias culturais e impulsionam transformações políticas, sociais e culturais através do campo artístico contemporâneo. A metodologia se pautou na tática do corpo em laboratório nas visitas às exposições, somada ao levantamento de registros e documentações, análises de imagens e a mobilização de conceitos-chaves através de uma bibliografia interdisciplinar. Observei que espaço expositivo contemporâneo, compreendido como um espaço expositivo-obra, sobretudo ao atuar como instalação-imersão-intervenção, concebido sob uma perspectiva crítica e/ou periférica, possibilita a experimentação de outros modos de ver, bem como modos alternativos de existência.
LINK DA TESE
Data: 02/05/2025
Pessoa
- Dinah Oliveira
- Fabiola do Valle Zonno [Orientador(a)]
- Gustavo Rocha-Peixoto
- Ligia Saramago
- Rubens de Andrade
- Suzane de Queiroz Ribeiro [Autor(a)]
Curso
- Doutorado PROARQ
Linha de Pesquisa
- Teoria e Ensino de Arquitetura