Tese de Doutorado
Bem-vindo a esta tese subjetiva, poética e onírica sobre um tipo de luz que, diferentemente da maioria, não se dedica a iluminar ou tornar visível. Estamos firmes e conscientes em solo arquitetônico-científico, mas optamos por conceituar um novo termo – “Luz Materializada” – indo além da teoria e prática acadêmicas. Através de narrativas, pretendemos, antes mesmo de definirmos o que são as tais luminosidades, despertar a capacidade de imaginá-las e senti-las. Nossa composição se estrutura em quatro movimentos (ou capítulos): o primeiro delineia as consonâncias e dissonâncias entre os termos matéria e materialidade. Trata-se de uma preparação para tocarmos e sermos tocados pelas Luzes Materializadas nos movimentos seguintes. A partir do segundo movimento desfrutaremos da Luz em sua dimensão ontológica (de Ser) bailando com sujeitos e espaços em relações de alteridade. Em meio a tantas virtualidades, encontraremos lacunas de Presença (algo que nos será apresentado no terceiro movimento). Então estaremos aptos a imergir em nosso último movimento - “Escuridão” - condição essencial para a existência da Luz Materializada. Para desafinarmos a noção convencional de luz como meio de iluminação, nos sintonizaremos a importantes vozes como as de Bachelard, Didi-Huberman, Gumbrecht, Turrell, Merleau-Ponty, Serres e Zumthor. As sonoridades dos grandes mestres ressoarão durante toda a tese e é bem provável que saiamos dessa leitura “a[L]mando” algumas Luzes. Não as que iluminam a matéria, mas as que se tornam visíveis em si mesmas, acendendo latências e estimulando uma relação mais profunda com nossa própria consciência. “Fiat Luz - Faça-se a luz!”
Data de defesa: 28/08/2024Pessoa
- Cristiane Rose de Siqueira Duarte [Orientador(a)]
- Ethel Pinheiro Santana
- Farlley Jorge Lourenço Derze
- Kátia Cristina Lopes de Paula
- Maria de Jesus de Britto Leite
- Nathalia Moreira Carvalho [Autor(a)]
Linha de Pesquisa
- Cultura, Paisagem e Ambiente Construído
Curso
- Doutorado PROARQ