A RELAÇÃO ESPAÇO-CURRÍCULO: O EDIFÍCIO JORGE MACHADO MOREIRA E O ENSINO PARA O SÉC. XXI NA FAU/UFRJ

Dissertação de Mestrado

Dissertação de Mestrado

Com sua origem remontando à criação da Escola Real das Ciências, Artes e Ofícios em 1816, o ensino de arquitetura no Brasil se inicia a partir da instituição da Missão Artística Francesa. Contudo, foi apenas em 1945 que o curso de arquitetura, com origem na Escola Real, ganhou autonomia – separando-se da então Escola Nacional de Belas Artes (ENBA) e sendo denominada Faculdade Nacional de Arquitetura (FNA). De modo a materializar a nova independência administrativa, esse novo curso foi escolhido como um dos primeiros a receber um edifício próprio no novo campus universitário, à época, já em desenvolvimento. Passados 15 anos de sua independência, em 1961, a FNA,“maior e mais antiga instituição de ensino de arquitetura do país”, passou a contar com um edifício projetado e construído exclusivamente para a formação de seus futuros profissionais. Localizada agora na Ilha do Fundão, a nova unidade buscou alcançar, a partir de seu novo edifício, a construção de um ambiente onde currículo e edifício estariam alinhados com seu tempo e novas aspirações. Nesse sentido, este exemplar da arquitetura moderna brasileira pode ser compreendido como a representação física das ideias arquitetônicas, sociais e culturais até então defendidas e buscadas no Brasil de meados do século XX. Os ambientes concebidos e construídos do Edifício foram simultaneamente moldados e modelaram um projeto pedagógico que acompanhava um ideal de progresso e vanguarda para a nação, quando a capital ainda era a cidade do Rio de Janeiro. Atualmente denominado Edifício Jorge Machado Moreira (JMM), em homenagem ao arquiteto projetista, a construção foi premiada com o 1º Prêmio da Exposição Internacional de Arquitetura da IV Bienal de São Paulo, em 1957, e reconhecido como bem histórico a ser salvaguardado, demonstrando, assim, a importância que tal edificação possui para a própria história do país. Contudo, há anos o edifício passa por um processo de degradação e desgaste devido à falta de um plano geral e amplo para sua ocupação, ocasionado principalmente por utilizações não previstas no projeto original. Currículo e edifício deixaram de se relacionar de maneira intrínseca, fazendo com que esta edificação, outrora concebida para representar um projeto claro e coeso, acabasse por se perder em improvisos. Concomitantemente a esse processo, as práticas pedagógicas ao longo das décadas foram se alterando, não havendo investimento na atualização dos espaços de ensino. Nesse sentido, tais espaços ainda são, em sua maioria, um retrato do ensino da década de 1950. Sendo assim, esta pesquisa tem por objetivo apresentar reflexões que possam auxiliar no processo de tomada de decisões que vão balizar alterações espaciais nos ambientes de ensino, buscando alinhar novamente currículo e edificação em uma mesma sintonia, sem que haja um profundo impacto espacial na edificação histórica Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Jorge Machado Moreira. Espaços de ensino. Arquitetura Moderna Brasileira. Ensino de Arquitetura e Urbanismo

LINK DA DISSERTAÇÃO

Pessoa

• Andrea Queiroz da Silva Fonseca Rego
• Fabricio Oliveira
• Felipe Moura Moraes Cardoso [Autor(a)]
• Guilherme Carlos Lassance
• Maria Angela Dias [Orientador(a)]

Linha de Pesquisa

• Cultura, Paisagem e Ambiente Construído

Curso

• Mestrado Acadêmico PROARQ