AMBIÊNCIA E DEVIR-SUICÍDIO: UM ESTUDO DE CASO NA UERJ MARACANÃ

Tese de Doutorado

Tese de Doutorado

A presente tese se pautou nos princípios da quase-causalidade e do corpo-sem-órgãos para buscar compreender como se configuram espacialmente as relações não-causais entre arquitetura e suicídio em um “lugar do suicídio”. Para isso, elaborou-se uma matriz epistemológica denominada devir-suicídio, por meio de categorias analíticas como: memória do lugar, engajamento coletivo, forças vitais, e contra-vitais. Metodologicamente, elaborou-se uma estratégia denominada cinecartográfica, devido à operação da lógica fílmica para demarcar e caracterizar sensivelmente locações e cenários fluidos, além de descrever sequencialmente o que se observa em campo como se assistisse a um filme. Assim, optou-se pela realização de um estudo de caso no campus universitário Francisco Negrão de Lima da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a UERJ Maracanã. Feita sua roteirização cartográfica, identificou-se e analisou-se os signos sensíveis em circulação na cotidianidade uerjiana a partir das categorias da matriz epistemológica. Elas permitiram compreender o domínio de potências singulares de vida e de morte no campo difuso que é a ambiência. Tomaram relevo: uma ambiência-esperança, ou seja, de vazios preenchidos por um engajamento coletivo que atualiza a memória uerjiana de luta pela vida; e uma ambiência de preocupações, demarcadas pelas potências de morte e suicídio que o espaço construído guarda enquanto valores reverberantes dos agentes opressores de um passado (ainda presente) de gestão e domesticação dos corpos julgados indignos de vida, deixados a morrer ou matar-se.

LINK DA TESE

Pessoa

• Alex Assunção Lamounier
• Cristiane Rose de Siqueira Duarte [Orientador(a)]
• Ethel Pinheiro Santana
• Evelyn Furquim Werneck Lima
• Leonardo Oliveira Muniz da Silva [Autor(a)]
• Rubens de Andrade

Linha de Pesquisa

• Cultura, Paisagem e Ambiente Construído

Curso

• Doutorado PROARQ