Tese de Doutorado
Tese de Doutorado
O ensino de patrimônio nas Escolas de arquitetura e urbanismo no Brasil passou a ser obrigatório a partir da Portaria 1770 de 21 de dezembro de 1994. Em 7 de novembro de 2019, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconheceu que a realização de obras de restauro em Patrimônio Histórico é atribuição privativa de arquitetos e urbanistas. Neste trabalho, iremos discutir se a simples inserção da obrigatoriedade pela Portaria de 1994 garantiu que o ensino de patrimônio nas Escolas de arquitetura do país se estabelecesse de forma coesa e qualitativa, de modo que uma formação não corretamente consolidada desses profissionais não comprometesse a salvaguarda do patrimônio nacional. Para melhor entender os caminhos desta formação, nosso trabalho traça um panorama do ensino informal do patrimônio em algumas universidades brasileiras graças à presença de professores que também atuavam como técnicos do patrimônio. O trabalho narra uma parte da história da criação do patrimônio no Brasil e o início das bases formais do ensino nas universidades e no próprio IPHAN. Apresentamos, também, um levantamento de trabalhos acadêmicos sobre o ensino de patrimônio que se intensificaram na década de 1980 e continuam se expandindo até os dias atuais. Mostramos um levantamento da situação curricular do ensino de arquitetura e urbanismo na Universidade Federal Fluminense e na Universidade Federal do Rio de Janeiro antes e após o ensino obrigatório do patrimônio. Apontamos e comparamos discussões do presente e do passado acerca do tema, a fim de estabelecermos análises críticas que apontem para soluções futuras para a formação dos arquitetos e urbanistas e a salvaguarda do patrimônio cultural brasileiro.
Data de defesa: 13/05/2021Curso
- Doutorado PROARQ
Pessoa
- Fabiola do Valle Zonno
- José Simões Belmont Pessôa
- Julio Cesar Ribeiro Sampaio
- Maria Angela Dias
- Mariana Vaz de Souza [Autor(a)]
- Rosina Trevisan M. Ribeiro [Orientador(a)]
Linha de Pesquisa
- Restauração e Gestão do Patrimônio