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Ciclo de Palestras - PROARQ - 07/11/2019

18-09-2019

“Lo más contemporáneo está en el origen”

 O mais contemporáneo está na origem

Handel Guayasamin, Arq.

Dia 07/11/2019 - às 14h - sala 445 do Edifício da FAU/UFRJ - JMM

A produção arquitetônica contemporânea é debatida em busca de diversas naturezas: ser moderno, ser tecno, ser sustentável, ser local, ser austero, ser funcional, ser autêntico, entre outros. Várias maneiras de ser, muitas das quais se reúnem em um único projeto.

Há também aqueles que se submetem aos requisitos midiáticos e favorecem a forma sobre o conteúdo, acomodando o programa e as funções em envelopes complexos. Os resultados são histriônicos, geralmente sem argumentos e fora de contexto.

Em um mundo tão competitivo (dominado pelo consumo e pelo consumismo), vale a pena refletir sobre o real significado que devemos dar à produção arquitetônica, entendida como construção social e fato cultural.

Nesse contexto, afirmar que: "o mais contemporâneo está na origem" constitui uma motivação irreverente para discutir o real significado da produção arquitetônica contemporânea.

Se a origem vem do original, estamos invocando um ato de criação, baseado em princípios básicos que governam a natureza e o cosmos. Também a origem da vida em suas várias manifestações.

Uma arquitetura com autenticidade, que se baseia no local e projeta globalmente. Uma arquitetura que se reafirma no “saber ser, fazer e comemorar”. Ser, no sentido de identidade, Fazer, no sentido de ofício, e Celebrar, no sentido de rito.

Uma arquitetura entendida como uma “terceira pele” (que nos protege e nos comunica), assim como nossas roupas (“segunda pele”) e nossa própria “primeira pele”, que envelhece, enruga e nos expressa, sem maquiagem.

Uma arquitetura projetada e construída "para os seres humanos e para os deuses", às vezes um pouco mais para os seres humanos, às vezes um pouco mais para os deuses, ancorada na origem (para aquele original), com capacidade de responder às necessidades atual e projetada para o futuro (portanto contemporânea). Sem dúvida, esses são os limites não criativos dessas reflexões que vão além da própria produção arquitetônica.