Coordenado pela prof. Maria Lygia Niemeyer. O objetivo da pesquisa é a investigação de soluções projetuais e metodologias de avaliação para adequação acústica, considerando situações existentes e cenários futuros. Justificativa: No Brasil, freqüentemente, a preocupação com o conforto acústico tem sido relegada à plano secundário em projetos de arquitetura e urbanismo. Com exceção de espaços onde a qualidade sonora é o fundamento básico da atividade (como cinemas, teatros e estúdios de gravação) não existe cultura de avaliação acústica dos projetos, durante o processo de concepção. Como resultado, o desconforto sonoro é constatado na etapa pós-ocupação, com conseqüências danosas sobre o bem estar e a saúde física e mental dos usuários. Em climas tropicais, as estratégias de controle e gestão da propagação sonora assumem especial importância. Ao contrario das regiões de clima temperado e frio, onde a vedação necessária contra as baixas temperaturas colabora para o isolamento acústico dos edifícios, o uso de ventilação natural, para redução do calor e da umidade, limita as possibilidades de proteção acústica dos ambientes e relação aos ruídos externos. Em cidades como o Rio de Janeiro, não existe fronteira rígida entre o interior e o exterior do edifício: as esquadrias permanecem abertas a maior parte do dia e a arquitetura adota elementos permeáveis nas fachadas (venezianas, cobogós, brises) e espaços abertos (varandas, terraços ou pátios). Por outro lado, as características geográficas da cidade estimulam a tradição de apropriação intensiva das áreas livres para atividades de estar e lazer. Neste contexto, sócio-cultural e climático, é fundamental que a preocupação com a qualidade ambiental sonora do espaço construído ultrapasse os limites físicos do edifício, abrangendo os espaços externos, públicos ou privados.
Pessoa
- Nayara Vasconcelos Gevú
- Marina Medeiros Cortês
- Guilherme Coutinho Fagerlande
- Maria Lygia NiemeyerCoordenador(a)