ONDE CRUZA A ALEMANHA E A AVENIDA EUROPA

Tese de Doutorado

Tese de Doutorado

A reação popular contra um shopping cuja construção se iniciava em 1972 na esquina onde cruza a Rua Alemanha e a Avenida Europa, no Jardim Europa, São Paulo, resultou em um longo processo de reivindicações que culminou com a construção do Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia a partir de 1987, além de serem responsáveis por momentos decisivos da história da cidade, como o tombamento do conjunto de bairros conhecido como os Jardins. Em torno desses litígios orbitam personagens que, por meio de propostas, evidenciam seus interesses e perspectivas sobre a cidade e atuam como transformadores da realidade urbana. Entre esses agentes encontramos figuras políticas da relevância de Jânio Quadros ou José Sarney, entidades de classe e órgãos públicos como o IAB-SP ou o CONDEPHAAT, famílias da elite paulistana como os Scarpa ou os Rathsam, grandes empresas como a Votorantim ou o Grupo Klabin, além de projetistas como o engenheiro Hippolyto Gustavo Pujol Jr., o paisagista Burle Marx, ou os arquitetos Paulo Mendes da Rocha e Sérgio Prado. Este trabalho tem como objetivo investigar essa trama, identificando os agentes envolvidos, analisando suas articulações, propostas e seu impacto nas transformações urbanas. Ao examinar documentos em acervos pessoais, profissionais e institucionais, além de reportagens jornalísticas da época e realizar entrevistas, foi possível visibilizar a complexidade de disputas de interesses e narrativas que caracterizam os episódios analisados, em torno de temas como a ecologia ou o patrimônio, permitindo realizar novas leituras sobre essa conjuntura cultural para além daquelas consagradas de tendência exclusivamente celebrativa.

LINK DA TESE

Pessoa

• Ana Paula Polizzo
• ANDRÉ TAVARES
• DANIELE PISANI
• Fabiola do Valle Zonno
• Fernando Delgado Páez [Autor(a)]
• Gustavo Rocha-Peixoto [Orientador(a)]

Curso

• Doutorado PROARQ

Linha de Pesquisa

• Teoria e Ensino de Arquitetura