Teses e Dissertações

O risco e o riscado: o papel do projeto na minimização dos riscos ocupacionais em laboratórios de medicina experimental

Tese de Doutorado

Tese de Doutorado

Desde os tempos mais remotos, as doenças que acometem populações (as epidemias) aterrorizam a humanidade, instaurando a sensação de vulnerabilidade e insegurança. O desenvolvimento científico e tecnológico ampliou nosso conhecimento sobre esse assunto e os avanços tiveram reflexos imediatos na definição dos parâmetros para os projetos dos espaços onde essas pesquisas são realizadas: os laboratórios. No Brasil, todavia, esse campo da arquitetura não se constituiu uma tradição. Entende-se que o projeto arquitetônico dos laboratórios que subsidiam o trabalho humano das atividades de pesquisa em saúde deve pautar-se pela minimização dos riscos de exposição. Quando não são tomados os cuidados necessários ainda na fase de concepção do projeto para esses espaços, podem-se potencializar os riscos inerentes à função, colocando em risco o pesquisador (usuário), o meio ambiente e a sociedade. Nesse contexto, a pesquisa apresenta os resultados da investigação sobre o processo de projeto de laboratórios, que teve como objetivo identificar como os indicadores dos riscos se alteraram ao longo dos últimos anos. Para isso, realizouse a análise comparativa de duas situações-referência: o projeto para os laboratórios de Manguinhos, da FIOCRUZ, que data de 1904, e o projeto finalista do concurso promovido em 2009 pelo INSERM – Institut Nationale de La Santé et de La Recherche Medicale – para a construção do novo Centro de Pesquisa em Saúde Pública em Toulouse. Os resultados da análise indicaram a permanência dos indicadores da gestão de riscos, que, entretanto, assumiram comportamentos diferentes ao longo dos anos, devido, particularmente, à evolução da noção sobre o “contágio”. Os projetos dos laboratórios refletem não apenas a evolução do desenvolvimento científico, mas também o entendimento sobre a necessária flexibilidade das soluções propostas para o ambiente construído, que se alteram à medida que as pesquisas avançam.

Palavras-chave: biossegurança, laboratórios de microbiologia, processo de projeto, indicadores de gestão de risco. 

http://objdig.ufrj.br/21/teses/792890.pdf

Data de defesa: 07/2012

Pessoa

  • Sheila Walbe Ornstein
  • Elba Regina Sampaio de Lemos
  • Maria Cristina Troncoso Ribeiro Pessoa
  • Mauro César de Oliveira Santos
  • Mônica Santos Salgado [Orientador(a)]
  • Renata Cristina Coutinho Lapa [Autor(a)]

Linha de Pesquisa

  • Arquitetura, Projeto e Sustentabilidade

Curso

  • Doutorado PROARQ