O habitar mínimo contemporâneo: novas questões e demandas trazidas pela Pandemia da COVID-19 na habitação

Dissertação de Mestrado

Dissertação de Mestrado

A experiência da COVID-19 impôs novas perspectivas no papel da habitação. Ela nos mostra uma oportunidade para discutir, de forma global, o impacto da pandemia, potencializando o papel da moradia, como catalisador para a garantia dos direitos humanos, base para o bem-estar das pessoas e a promoção da saúde. Sendo assim, este estudo chama a atenção para as áreas mínimas, as questões referentes aos modos do habitar contemporâneo e as novas demandas, trazidas pela pandemia da COVID-19. Esses fatores influenciam a dinâmica da habitação, diluindo, cada vez mais, as fronteiras entre casa e trabalho, público e privado, virtual e físico, indicando que os espaços do habitar devem ser redefinidos de forma urgente. Neste contexto, o estudo tem como objetivo discutir diretrizes que atendam às demandas da contemporaneidade, questões da pandemia da COVID-19 e os seus reflexos no habitar de dimensões mínimas, a fim de elencar critérios e parâmetros saudáveis nesse mínimo. A pesquisa foi realizada a partir de duas vertentes: 1) A revisão e análise sistemática da literatura quanto aos aspectos da relação entre habitação, saúde e os impactos, gerados pela pandemia da COVID-19. O levantamento e a identificação de artigos foram realizados por meio do banco de dados SCOPUS, da plataforma Elsevier, e Science Direct, utilizando como termo de busca “Housing” and “Health” and “COVID-19”, e, a partir daí, foi gerado um quadro resumo dos artigos. 2) A análise da concepção arquitetônica de uma amostra de três empreendimentos com tipologia mínima atuais resultou em uma matriz de análise com critérios e requisitos saudáveis para a avaliação do projeto mínimo contemporâneo e uma outra que incorpora as novas demandas interpostas pela pandemia de COVID-19. Verifica-se, assim, que o habitar mínimo pós-COVID-19 terá, muitas vezes, que abrigar o uso de múltiplas funções, associado à privacidade, pela flexibilização dos espaços, possibilitando alguma forma de isolamento na conversão para o trabalho e lazer. Os dados apontam para ambientes mais espaçosos, ventilados e iluminados naturalmente, da mesma forma que vistas para a vegetação devem ser a premissa de qualquer estratégia de projeto de habitação, para garantia do conforto, saúde e bemestar dos usuários.

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Linha de Pesquisa

• Arquitetura, Projeto e Sustentabilidade

Pessoa

• Ivani Bursztyn
• Luciana Maria Bonvino Figueiredo
• Mauro César de Oliveira Santos [Orientador(a)]
• Michele Baruffaldi [Autor(a)]
• Thiago Melo Grabois
• Wilder Manuel Ferrer Tenicela

Curso

• Mestrado Acadêmico PROARQ